quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Espada


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Por Madame Blavatsky

No mundo profano, tem-se o costume de considerar a espada como uma tradição essencialmente guerreira e portanto, motivo de temor. Não se pode contestar que existe um aspecto guerreiro neste símbolo; porém, seu sentido esotérico transcende seu caráter de violência e é encontrado em várias Ordens e crenças religiosas, tais como no Islamismo, Cristianismo, bem como na maior parte das demais tradições.

A própria tradição Hindu, que não poderíamos chamar de essencialmente guerreira, possui também esse símbolo, como cita-nos o Bhagavad-Gita. Segundo a Doutrina Islâmica, no domínio social, o uso da espada na guerra, é válida enquanto dirigida contra aqueles que perturbam a ordem e unicamente, com o objetivo de reconduzi-los a essa ordem.

É claro que por conta dessa premissa, muito sangue inocente já tingiu a terra; pois a decisão do que está fora ou dentro da “Ordem”, geralmente é decidida por extremistas, sejam muçulmanos, católicos, protestantes, etc. No entanto, este aspecto do uso da espada é o chamado pelos próprios Islamitas como “O menos essencial”.

Existe um outro aspecto em que ela simboliza a luta que o homem deve conduzir contra os “Inimigos da Luz” e contrários à ordem e à Unidade de Deus. A “guerra” sempre estabeleceu o equilíbrio e a harmonia (ou justiça) e assim, proporcionou a unificação de certo modo, dos elementos em oposição entre si.

Isso quer dizer que o seu fim normal e sem dúvida sua única razão de ser, é a paz que só pode ser verdadeiramente obtida pela submissão à vontade divina colocando cada elemento em seu lugar com a finalidade de fazê-los todos concorrerem para a realização consciente de um mesmo Plano.

Citando novamente a Tradição Islâmica, existe uma frase de seu Profeta, que era pronunciada toda a vez que o exército muçulmano voltava de uma expedição contra os inimigos exteriores:  -“RAJÂNA MIN EL JIHÂDIL-AÇGHAR ILA ‘L-JIDÂDILAKBAR”.  (Voltamos da Pequena Guerra Santa para a Grande Guerra Santa)

Se a guerra exterior era apenas a “Pequena Guerra Santa” é porque só tinha uma pequena e secundária importância, em face da “Grande Guerra Santa” que era a guerra interna travada dentro de cada um, contra seus próprios “demônios”. A Grande Guerra Santa, visa purificar o Templo Interior de cada Guerreiro.  É evidente, nessas condições, que tudo o que serve à guerra exterior, pode ser tomado como símbolo no que se refere à guerra interior, o que é o caso em particular e em especial, da espada.

Podemos acrescentar que a espada é em geral associada ao relâmpago ou considerada como derivada dele, o que representa de modo sensível, a forma bem conhecida da ESPADA DE LUZ OU FLAMEJANTE (se entender-mos que é o símbolo da Luz) ou, FLAMÍGERA (se entendermos que sua Luz é apenas reflexo da Luz do guerreiro que a empunha). Lembramos porém que, todo símbolo verdadeiro encerra sempre uma pluralidade de sentidos que longe de se excluírem ou de se contradizerem, harmonizam-se e complementam-se mutuamente; portanto, o assunto não está encerrado; apenas analisado sob alguns aspectos.

A espada representa também, o poder da palavra; do Verbo Divino ou de uma de suas manifestações. Quanto ao gume duplo, representa o duplo poder criador e destruidor desta “palavra”. Esse simbolismo é válido ainda para todo o conjunto de forças cósmicas, de modo que sua aplicação à palavra, é apenas um caso particular, mas que, em razão da concepção tradicional do Verbo e de tudo o que nela implica, pode ser tomado para representar em seu conjunto, todas as outras aplicações possíveis. A espada é associada também ao raio provocado pelas nuvens, ao raio solar e também (assim como a lança), ao eixo do mundo. A dualidade de seu gume por estar associada ao próprio sentido do eixo, refere-se mais diretamente às duas correntes inversas da Força Cósmica; ou, mais conhecidas como os Lados Claros e Escuros da Força.

Este simbolismo axial nos reconduz à idéia de harmonização concebida como “A Meta” da Guerra Santa, quer interior, quer exterior, pois o eixo é o lugar em que todas as oposições se reconciliam e desvanecem, entrando em equilíbrio perfeito. Assim, sob este ponto de vista, a espada não apenas representa um meio mas também o próprio fim a alcançar. Na Idade Média, a espada era o “Símbolo do Guerreiro”; a distinção máxima que alcançavam apenas os nobres de título ou profissão. O Bushidô ou Código do Guerreiro Japonês, ensinava que um Samurai deveria portá-la com sua lâmina, impecavelmente polida, o que significaria refletir em sua arma, sua própria alma, limpa e pura; sem nódoas e de forma alguma poderia temer a morte mais do que a desonra de um ato indigno ou covarde. Sua honra, formada pelo seu Bushidô, seria sua testemunha.

Aliás, esta premissa é, ditas em outras palavras, a primeira instrução ministrada ao Iniciado. O Guerreiros, tanto da Idade Média como atual, tinham e têm na espada, o seu símbolo máximo de honra; não porque seja uma arma que ceifa vidas humanas, mas porque é um símbolo utilizado em defesa de um Código de Honra fundamentado em ensinamentos de seu Templo ou Círculo Interno. A posse da espada, não significa de forma alguma o direito absoluto de uso indisciplinado ou sua ostentação arrogante. Um Samurai tinha o direito de decapitar um vassalo apenas para verificar se o seu Katana estava afiado; porém tinha também a obrigação de dar a própria vida em defesa destes mesmos homens que viviam sob sua proteção. Era a harmonia dos contrários.

Tanto nestas épocas remotas como em nossa atualidade, a partir do momento em que nosso Poderoso Círculo Interno de Força Luz e Poder, adquire o direito ao seu símbolo máximo, representado pela espada, torna-se na realidade, um Guerreiro da Luz, cuja sublime missão é projetar em sua lâmina translúcida de pureza, todo o seu Esplendor, tornando-se então um Guia, cuja missão principal é mostrar aos menos afortunados o verdadeiro caminho para o retorno à Unidade de Deus e toda a Glória de seu Templo. Cada Guerreiro, desde a Era Feudal até a de Aquário, deve desejar sua espada esforçando-se por merecê-la e quando houver atingido este objetivo, fazer jús à honra de possuí-la; pois, a partir deste momento, ele não será mais um homem comum. O Guerreiro e seu símbolo sintetizam de algum modo, os dois aspectos de “Tudo” em sua significação “Total”.

 

A CONSCIÊNCIA BÚDICA


C. W. Leadbeater

Publicado em The Theosophist

agosto de 1915

Todos os estudantes estão teoricamente familiarizados com a idéia do plano búdico e sua maravilhosa característica de unidade de consciência; mas a maioria deles provavelmente considera a possibilidade de obter qualquer experiência pessoal daquela consciência como algo pertencendo ao longínquo futuro. O completo desenvolvimento do veículo búdico para a maioria de nós ainda está distante, pois isso pertence ao estágio da Quarta Iniciação, a de Arhat; mas talvez não seja inteiramente impossível para os que ainda estão longe daquele nível obterem algum toque deste tipo superior de consciência de uma maneira bastante diferente.

Eu próprio me conduzi ao longo do que poderia descrever como a linha mais usual e comum de desenvolvimento oculto, e tive de abrir meu caminho acima laboriosamente, conquistando um subplano após o outro, primeiro no mundo astral, depois no mental, e então no búdico; o que significa que eu tinha um completo domínio de meus veículos astral, mental e búdico antes que qualquer coisa me sucedesse que eu pudesse definir com certeza como sendo uma verdadeira experiência búdica. Este método é lento e cansativo, ainda que eu pense que tem suas vantagens no desenvolvimento da acuidade de observação, assegurando-me de cada passo antes de dar o próximo. Não tenho quaisquer dúvidas de que foi o melhor para uma pessoa do meu temperamento; de fato, provavelmente foi o único caminho possível para mim; mas isso não implica que outras pessoas não possam ter oportunidades bem distintas.

Aconteceu-me no decorrer de meu trabalho de entrar em contato com diversas pessoas que estão empreendendo treinamento oculto; e talvez o fato que desponta mais proeminentemente de minha experiência nesta direção é a maravilhosa variedade de métodos empregados por nossos Mestres. O treinamento é tão intimamente adaptado ao indivíduo que nenhum é igual ao outro; não só cada Mestre tem seu próprio plano, mas o mesmo Mestre adota um esquema diverso para cada discípulo, e assim cada pessoa é conduzida exatamente ao longo da linha que lhe é mais adequada.

Um exemplo notável desta variabilidade de método chamou minha atenção não faz muito tempo, e creio que uma explanação dele pode talvez ser de utilidade para alguns de nossos estudantes. Deixe-me primeiro lembrá-los da estranha maneira invertida com que o Ego se reflete na personalidade; o manas superior, ou intelecto, reflete-se no corpo mental, a intuição, ou buddhi, se reflete no corpo astral, e o próprio espírito, ou atma, de algum modo corresponde ao físico. Estas correspondências se apresentam como três métodos de individualização, e desempenham suas funções em certos desenvolvimentos internos; mas até há pouco não havia me ocorrido que elas poderiam ser levadas em conta de modo prático em um estágio muito precoce por quem aspira por progresso oculto.

Um certo estudante de natureza profundamente afetiva desenvolveu (como seria correto e apropriado fazer) um intenso amor pelo instrutor que havia sido designado por seu Mestre para assisti-lo no treinamento preliminar. Ele desenvolveu uma prática diária de formar uma forte imagem mental daquele instrutor, e então derramar seu amor sobre ele com toda a sua força, inundando por conseguinte seu próprio corpo astral de carmesim, e temporariamente aumentando-o enormemente de tamanho. Ele costumava chamar este processo de “expandindo a sua aura”. Ele demonstrou uma aptidão tão notável neste exercício, e era-lhe tão obviamente benéfico, que um esforço adicional ao longo da mesma linha lhe foi sugerido. Recomendou-se-lhe que, mantendo a imagem claramente diante de si, e emitindo a força amorosa tão fortemente como sempre, tentasse elevar sua consciência a um nível superior e a unificasse com a de seu instrutor.

Sua primeira tentativa de fazer isso foi extraordinariamente bem-sucedida. Ele descreveu uma sensação de como se estivesse realmente subindo pelo espaço; ele encontrou o que supôs ser o céu como sendo um teto bloqueando seu caminho, mas a força de sua vontade parecia formar uma espécie de cone nele, que logo se tornou um tubo através do qual viu-se passando. Ele emergiu em uma região de luz ofuscante que ao mesmo tempo era um oceano de beatitude tão arrasadora que não poderia achar palavras para descrevê-lo. Não era em nada sequer semelhante ao que já havia antes sentido; arrebatou-o tão definitiva e instantaneamente como se uma gigantesca mão o tivesse agarrado, e infundido em toda sua natureza num instante uma corrente de eletricidade. Foi mais real do que qualquer outro objeto físico que jamais ele tivesse visto, e ao mesmo tempo, absolutamente espiritual. “Foi como se Deus tivesse me levado para dentro de Si, e eu senti a Sua Vida passando através de mim”, ele disse.

Ele gradualmente se recompôs e foi capaz de examinar sua condição; e ao fazê-lo começou a perceber que sua consciência já não estava mais limitada como havia estado até então – que ele estava de algum modo simultaneamente presente em cada ponto daquele maravilhoso mar de luz; na verdade, que de um modo inexplicável ele próprio era aquele mar, mesmo que aparentemente ao mesmo tempo ele fosse só um ponto flutuando nele. Pareceu-nos que ele estava tateando em busca de palavras para expressar a consciência que, como disse Madame Blavatsky tão bem, tem “seu centro em toda parte e sua circunferência em parte alguma”.

Uma percepção posterior lhe revelou que ele havia sido bem-sucedido na tentativa de unificar sua consciência à de seu professor. Ele viu-se integralmente compreendendo e compartilhando dos sentimentos do professor, e possuindo uma noção da vida muitíssimo mais larga e elevada do que jamais havia tido antes. Uma coisa que impressionou-o profundamente foi a imagem de si mesmo vista pelos olhos do professor; ela o encheu de uma sensação de indignidade, mas também de elevada determinação; como ele singularmente explicou.

“Eu me achei amando a mim mesmo através do intenso amor de meu instrutor por mim, e eu soube que eu poderia e me faria digno dele”.

Ele sentiu também uma profundidade de devoção e reverência que ele jamais havia alcançado antes; ele soube que ao tornar-se um com seu instrutor terreno ele havia também entrado no sacrário de seu verdadeiro Mestre, com quem era um, por sua vez, aquele professor, e ele vagamente sentiu-se em contato com uma Consciência de incompreensível esplendor. Mas aqui sua força faltou-lhe; ele pareceu deslizar de volta para dentro do tubo, e abriu seus olhos no plano físico.

Consultado a respeito desta experiência transcendente, eu a analisei minuciosamente, e convenci-me facilmente de que havia sido uma inquestionável entrada no mundo búdico, não através de penoso progresso através dos vários estágios do mental, mas por um caminho direto ao longo do raio de reflexão do subplano astral mais alto até o subplano mais baixo do mundo intuicional. Eu procurei por efeitos físicos, e constatei que não houve nenhum; o estudante estava em radiante saúde. Assim eu recomendei que ele repetisse o esforço, e tentasse com a mais profunda reverência pressionar ainda mais para o alto, e se elevasse, se assim pudesse ser feito, àquela Consciência Augusta. Pois eu vi que se tratava de um caso daquela combinação de dourado amor e vontade férrea que é tão raro de ocorrer em nossa Estrela Tristonha; e eu sabia que um amor que é completamente altruísta e uma vontade que não conhece obstáculos pode levar seu possuidor aos pés do próprio Deus.

O estudante repetiu este experimento, e novamente foi bem sucedido além de qualquer esperança ou expectativa. Ele foi capaz de entrar naquela Consciência mais vasta, pressionando para frente e para cima n’Ela como se nadasse num vasto lago. Muito do que trouxe de volta consigo ele não poderia compreender; reminiscências de glórias inefáveis, fragmentos de concepções tão vastas e tão deslumbrantes que nenhuma mente meramente humana poderia captá-las em sua totalidade. Mas ele ganhou uma idéia nova do que o amor e devoção poderiam ser – um ideal pelo qual esforçar-se pelo resto de sua vida.

Dia após dia ele continuou seus esforços (consideramos que uma vez por dia seria a freqüência máxima com que ele prudentemente poderia tentar); mais e mais ele penetrou naquele grande lago de amor, mas ainda não achou o seu fim. Mas gradualmente ele se tornou consciente de algo muito maior ainda; ele de algum modo percebeu que este esplendor indescritível era permeado por uma glória mais sutil mas inconcebivelmente ainda mais esplêndida, e tentou alçar-se até ela. E quando conseguiu, soube por suas características que era a Consciência do próprio grande Instrutor do Mundo. Ao tornar-se um com seu professor terreno ele inevitavelmente havia se unido à consciência de seu Mestre, ao qual aquele professor já estava unido; e nesta maravilhosa experiência ulterior ele estava apenas comprovando a estreita união que existe entre aquele Mestre e o Bodhisattva, que por sua vez O ensinara. Naquele mar ilimitado de Amor e Compaixão ele mergulha diariamente em sua meditação, com uma elevação e fortalecimento tais para si como prontamente pode ser imaginado; mas ele jamais pode alcançar seus limites, pois nenhum mortal pode medir um oceano como aquele.

Tentando penetrar sempre mais fundo neste novo reino estupendo que tão subitamente se abrira para ele, ele conseguiu um dia alcançar um desenvolvimento adicional – uma beatitude tão mais intensa, um sentimento tão mais profundo, que pareceu-lhe a princípio tão superior como aquele primeiro toque de consciência búdica estivera acima de suas experiências astrais anteriores. Ele disse: “Se eu não soubesse que me é impossível ainda atingi-lo, eu diria que isso deve ser o Nirvana”.

Na verdade era apenas o próximo subplano do búdico – o segundo de baixo para cima, e o sexto de cima para baixo; mas sua impressão é significativa por mostrar que a consciência não só se expande ao subirmos, mas a razão em que se expande aumenta rapidamente. Não só o progresso é acelerado, mas a razão desta aceleração cresce em progressão geométrica. Agora este estudante atinge aqueles subplanos elevados diária e comumente, e está trabalhando com vigor e perseverança esperando avançar ainda mais além. E o poder, o equilíbrio e segurança que isso introduz em sua vida física diária é algo espantoso e belo de se ver.

Um outro fenômeno que ele observa, acompanhando isso, é que a intensa beatitude daquele plano superior agora persiste além do tempo de meditação e mais e mais está-se tornando parte de toda a sua vida. No começo esta persistência era só de uns vinte minutos após cada meditação; então chegou a uma hora; depois duas horas; e ele confiante olha à frente vislumbrando um tempo em que será uma posse permanente – uma parte de si mesmo. Uma característica notável do caso é que esta prodigiosa exaltação diária não é seguida de nenhum sinal da mais leve que seja reação de depressão, mas em vez produz uma radiância solar crescente.

Tornando-se gradualmente mais acostumado a atuar neste mundo mais elevado e glorioso, ele começou a olhar para si em alguma extensão, e logo foi capaz de identificar-se com muitas outras consciências menos exaltadas. Ele as achou existindo como pontos dentro de seu eu expandido, e descobriu que focalizando a si mesmo em quaisquer destes pontos ele poderia de imediato perceber as mais altas qualidades e aspirações espirituais da pessoa que representavam. Buscando uma simpatia mais completa com alguém que ele conhecia e amava, ele discerniu que estes pontos de consciência eram também, como ele disse, buracos através dos quais ele poderia colocar-se dentro de seus veículos inferiores; e assim ele entrou em contato com aquelas partes de suas vidas e disposições que não poderiam encontrar expressão nenhuma no plano búdico. Isto lhe deu uma simpatia por estas suas características, uma compreensão de suas fraquezas, que foi realmente notável, e que não poderia provavelmente ter sido adquirida de nenhum outro modo – uma qualidade valiosíssima para o trabalho de um discípulo no futuro.

A unidade maravilhosa daquele mundo intuicional se manifestava a ele em exemplos insuspeitados. Um dia, segurando na mão o que ele considerava um pequeno objeto especialmente formoso, parte do qual era branco, ele caiu numa espécie de êxtase de admiração por sua forma graciosa e harmônica coloração. Subitamente, através do objeto, enquanto o olhava, ele viu desdobrar-se diante dele uma paisagem, exatamente como se o pequeno objeto houvesse se tornado uma janelinha, ou talvez um cristal. A paisagem é uma que ele conhece bem e ama, mas não havia uma razão óbvia pela qual o pequeno objeto devesse tê-la trazido para diante dele. Uma característica curiosa era que a parte branca daquele objeto era representada no céu de sua imagem. Impressionado por este fenômeno inteiramente inesperado, ele tentou a experiência de elevar sua consciência enquanto deleitava-se na beleza do panorama. Ele teve a sensação de passar através de algum meio resistente para dentro de um plano superior, e percebeu que a vista diante dele havia se transformado em uma que lhe era estranha, mas ainda mais bela que a que ele conhecia tão bem. As colunas de nuvens brancas haviam se tornado uma alta montanha coberta de neve, com seu longo perfil mergulhando abaixo num mar de cor mais rica que qualquer um que nesta encarnação havia visto. As baías rochosas, as construções, a vegetação, eram-lhe de todo estranhas, ainda que bem conhecidas por mim; e por uma cuidadosa pesquisa eu logo me certifiquei sem margem de dúvida que a cena que ele estava vendo era o que eu suspeitara – um panorama físico real, mas milhares de quilômetros distante do local de onde ele o contemplava. Uma vez que aquele lugar santo está muitas vezes em minha mente, ainda que eu certamente não estivesse pensando nele no momento, o que o estudante viu pode ter sido uma forma-pensamento minha. Eu imagino que neste ponto o que ocorreu pode ser descrito com muita simplicidade. Eu presumo que a emoção do estudante estivesse excitada pela admiração, e que as vibrações aceleradas que eram originadas desta maneira puseram em operação seus sentidos astrais, e isto o tornou capaz de ver um panorama que não era fisicamente visível, mas estava bem ao alcance astral. A tentativa de pressionar mais além temporariamente abriu o sentido mental, e através deste poder ele foi capaz de ver minha forma-pensamento.

Mas o estudante não se quedou satisfeito com isso; ele repetiu sua tentativa para subir ainda mais alto, ou (como ele diz) ainda mais fundo no real significado de tudo isso. Uma vez mais ele teve a experiência de irromper em um estado de matéria mais exaltado e refinado; e desta vez não havia cena terrestre alguma para recompensar seus esforços, pois o cenário desdobrou-se em um universo ilimitável cheio de massas de esplêndidas cores, pulsando com vida gloriosa, e a montanha nevada tornou-se um grande Trono Branco mais vasto que qualquer montanha, velado em deslumbrante luz dourada. Um estranho fato ligado a esta visão é que o estudante a quem esta experiência ocorreu está inteiramente desfamiliarizado com as Escrituras Cristãs, e não era ciente de qualquer texto que pudesse ter alguma influência no que vira. Eu lhe perguntei se poderia repetir esta experiência à vontade; ele não o sabia, mas mais tarde ele tentou o experimento, e conseguiu novamente passar através daqueles estágios na mesma ordem, dando alguns detalhes adicionais da paisagem estrangeira que me provaram que isto não era meramente uma proeza da memória; e desta vez o atemorizado vidente sussurrou que em meio às fulgurâncias daquela luz ele uma vez teve um fugaz vislumbre do contorno de uma Poderosa Figura que assentava-Se no Trono. Isto também, diríamos, poderia ser uma forma-pensamento, construída por algum Cristão de imaginação vívida; mas quando alguns dias depois surgiu uma oportunidade, e eu perguntei a um Sábio qual o significado que poderíamos associar a tal visão, Ele replicou:

“Você não vê que, já que só existe Um Amor, então só existe Uma Beleza? O que quer que seja formoso, em qualquer plano, o é somente porque se remontamos muito acima, sua conexão se torna manifesta. Toda a Beleza é de Deus, assim como todo o Amor é de Deus; e através deles, Suas Qualidades, o puro de coração pode sempre alcançá-lo.”

Nossos estudantes fariam bem em ponderar nestas palavras, e seguir a idéia nelas contida. Toda a beleza, seja de forma ou cor, seja na natureza ou na moldura humana, em altas conquistas da arte ou no mais humilde utensílio doméstico, não passa de uma expressão da Beleza Única, e portanto mesmo na coisa mais insignificante que seja bela toda a beleza está implicitamente contida, e assim através dela toda a beleza pode ser percebida, e Aquele que em Si é a própria Beleza pode ser alcançado. Para entendermos isso plenamente necessitamos da consciência búdica pela qual nosso estudante chegou a esta percepção; mas mesmo em níveis muito inferiores a idéia pode ser útil e frutífera.

Admito plenamente que o estudante cujas experiências relatei seja excepcional – que ele possui uma força de vontade, um poder de amar, uma pureza de coração e um completo altruísmo que são, infelizmente, raros.

Não obstante, o que ele fez com tão marcado sucesso pode seguramente ser copiado em alguma medida por outros menos dotados. Ele desdobrou sua consciência num plano que normalmente não é atingido por aspirantes; lá ele está construindo rapidamente para si um veículo muito capaz e valioso – pois este é o significado da persistência sempre crescente da sensação de felicidade e poder. Que esta é uma linha definida de progresso, e não um mero exemplo isolado, é evidenciado pelo fato de que mesmo já o desenvolvimento búdico anormal está produzindo seu efeito sobre os corpos causal e mental aparentemente negligenciados, estimulando-os à atividade de cima em vez de deixá-los ser influenciados laboriosamente a partir de baixo como o usual. Todo este sucesso é resultado de contínuo esforço ao longo da linha que eu descrevi.

“Ide e fazei o mesmo”. Nenhum mal pode advir a qualquer homem derivado de um esforço diligente para aumentar seu poder de amar, seu poder de devoção, e de seu poder de apreciar a beleza; e com tal esforço é possível pelo menos que ele possa atingir um progresso com que sequer sonhou. Somente seja lembrado que, neste caminho como em qualquer outro, o crescimento é conseguido só por quem o deseja não só por si, mas por amor ao serviço. O esquecimento do eu e um ávido desejo de ajudar os outros são as mais proeminentes características no estudante cuja história interior eu contei aqui; estas características devem ser igualmente proeminentes em qualquer um que aspire seguir seu exemplo; sem elas nenhuma consumação semelhante é possível.


Tradução: Ricardo Frantz

 

Fraternalmente,
Osmar de Carvalho\
Coordenador da Loja Esotérica Virtual

Diálogo Sobre Experiência Espiritual




Jiddu Krishnamurti

 A maioria de nós tem tido profundas “experiências” – ou que outro nome lhes queirais dar – temos tido inspirações portadoras de êxtase sublime, de visões grandiosas, de intenso amor. Essas “experiências” nos invadem com a sua luz e alento; mas não perduram: passam, deixando o seu perfume.

 Acontece com a maioria de nós que a mente-coração não é capaz de permanecer aberta para tal êxtase. A “inspiração” é acidental, não provocada, grande demais para a nossa mente-coração. A inspiração é maior do que aquele que a experimenta, e por isso procura ele abaixá-la ao seu próprio nível, à órbita de sua compreensão. Sua mente não está tranqüila; está ativa, rumorosa, reordenando; tem de ocupar-se de alguma maneira com aquela inspiração; tem de organizá-la, divulgá-la, comunicar a outros a sua beleza. Reduz, por essa maneira, a mente o inexpressível a um padrão de autoridade ou regra de conduta; interpreta e traduz a “experiência”, envolvendo-a, assim, na sua própria trivialidade. Por não saber cantar, a mente-coração persegue o cantor.

O intérprete, o tradutor da inspiração, deve ser tão profundo e vasto quanto ela, se a deseja compreender; não o sendo, deve desistir de interpretá-la, e para desistir ele precisa de estar maduro, de ser judicioso, na sua compreensão. Podeis-te uma “experiência” significativa, mas como a compreendeis, como a interpretais, depende de vós, o seu intérprete; se vossa mente-coração é limitada, acanhada, traduzis a experiência, então, conforme esse condicionamento. O condicionamento é que deve ser compreendido e desfeito, para que possais apreender o pleno significado da “experiência”.

A madureza da mente-coração advém quando ela se liberta de suas próprias limitações e não quando se apega à lembrança de uma “experiência” espiritual. Se apega à memória, então ela habita com a morte e não com a vida. Uma experiência profunda pode abrir a porta para a compreensão, para o autoconhecimento e o reto pensar, mas, para muitas pessoas ela se torna apenas um estímulo agitante, uma lembrança, perdendo logo o seu significado vital, e impedindo a continuação da “experiência”.

Interpretamos toda inspiração em termos de nosso próprio condicionamento. Quanto mais profunda é a inspiração, tanto mais vigilantes devemos estar para a não interpretarmos erroneamente. São raras as inspirações profundas e espirituais, e quando as temos, nós as rebaixamos ao nível rasteiro de nossa própria mente-coração. Se sois cristão, ou hinduísta, ou incrédulo, traduzis a inspiração de maneira correspondente, abaixando-a ao nível de vosso condicionamento. Se vossa mente-coração é dada ao nacionalismo e a cupidez, à paixão e à malevolência, será, nesse caso, a inspiração utilizada para fomentar a matança de vossos semelhantes; vós a tomais então por guia para bombardeardes vosso irmão; adorar será então destruir ou torturar os que não são vossos compatriotas ou correligionários.

É essencial que estejais cônscios de vosso condicionamento, em vez de procurardes “ocupar-vos” de uma experiência passada; mas a mente-coração apega-se a tais experiências, ficando assim incapacitada para compreender o presente vivo.

 

Krishnamurti – Do livro: O Egoísmo e o Problema da Paz – ICK - 194

Aura, Pensene ou Psicosfera


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Definição

A palavra AURA vem do latim e significa sopro de ar. Aura é o halo luminoso, dinâmico e multicolorido que envolve e interpenetra o corpo físico, refletindo, energeticamente, o mundo íntimo da consciência encarnada, seus pensamentos, sentimentos e experiências. 


O termo PENSENE foi criado para a Conscienciologia por Waldo Vieira, pela junção das sílabas iniciais das palavras pensamento, sentimento e energia (pen + sen + e = PENSENE), e é usado para designar o campo energético formado, ao redor da consciência encarnada, pelos seus pensamentos, sentimentos e energias características.

O termo PSICOSFERA foi criado por André Luiz para designar o halo energético de que se revestem todos os seres vivos, onde se refletem os seus pensamentos e desejos. 

AURA, PENSENE e PSICOSFERA são, portanto, sinônimos e podem ser definidos como o campo de emanações de natureza eletromagnética que envolve todo ser humano, encarnado ou desencarnado, refletindo, não só a sua realidade evolutiva e o seu padrão psíquico, como também sua situação física e emocional do momento, espelhando seus pensamentos, sentimentos, desejos, idéias, opiniões, etc.

Características

Vejamos o que diz André Luiz, em seu livro Evolução em Dois Mundos, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier:

“AURA HUMANA – Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com a usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas radiações se articulem através de sinergias funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por “tecidos de força”, em torno dos corpos que as exteriorizam.

Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos, se revestem de um “halo energético” que lhes corresponde à natureza.

No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura.

Nas reentrâncias e ligações sutis dessa túnica eletromagnética de que o homem se entraja, circula o pensamento, colorindo-a com as vibrações e imagens de que se constitui, aí exibindo, em primeira mão, as solicitações e os quadros que improvisa, antes de irradiá-los no rumo dos objetos e das metas que demanda.

Aí temos, nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a aura humana peculiar a cada indivíduo, interpenetrando-o, ao mesmo tempo que parece emergir dele, à maneira de campo ovóide, não obstante a feição irregular em que se configura, valendo por espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam com sinais característicos e em que todas as idéias se evidenciam, plasmando telas vivas, quando perduram em vigor e semelhança, como no cinematógrafo comum.

Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende a cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos em cores e imagens que nos respondem aos objetivos e escolhas, enobrecedoras ou deprimentes.”

Já Barbara Brennan, em seu livro Mãos de Luz, diz que “o Campo da Energia Humana é a manifestação da energia universal intimamente envolvida na vida humana. Pode ser descrito como um corpo luminoso que cerca o corpo físico e o penetra, emite sua radiação característica própria e é habitualmente denominado “aura”. A aura é a parte do CEU (Campo de Energia Universal) associada a objetos. A aura humana, ou Campo da Energia Humana (CEH) é a parte do CEU associada ao corpo humano. Estribados em suas observações, os pesquisadores criaram modelos teóricos que dividem a aura em diversas camadas. Essas camadas, às vezes chamadas corpos, se interpenetram e cercam umas às outras em camadas sucessivas. Cada corpo se compõe de substâncias mais finas e de “vibrações” mais altas à medida que se afasta do corpo físico.”

Vejamos também o que diz Wagner Borges no portal do IPPB:

“Aura (do latim AURA, sopro de ar): É o campo energético que apresenta-se em torno do corpo denso. Aparece à percepção parapsíquica do clarividente como um campo luminoso mesclado por várias cores. Essas cores refletem a qualidade dos pensamentos e sentimentos manifestados pela consciência. Apresenta várias camadas vibratórias correspondentes aos diversos corpos (veículos de manifestação da consciência), por onde a consciência manifesta-se nos vários planos.

Para facilitar, vamos dividi-la em três freqüências básicas:

- a aura do corpo físico, também denominada duplo etérico. Essa aura reflete apenas as condições do corpo físico no momento e suas predisposições energéticas. Contudo, é bom lembrar que o soma (do grego SOMA que significa corpo) é afetado diretamente pelo clima psíquico dos corpos sutis.
- a aura do corpo extrafísico, também chamada de alma. É a aura do corpo espiritual e reflete as condições psíquicas e parapsíquicas da consciência. Reflete diretamente as emoções do ser humano.
- a aura do corpo mental, também chamada de aura mental ou aura dos pensamentos. É a aura que reflete diretamente o clima interno de nossos pensamentos e idéias. O corpo mental (Teosofia) também é denominado mentalssoma. Nessa aura é possível perceber as formas-pensamento e suas cores.”

A aura e as cores

Como vimos, a aura apresenta cores que variam muito em tom, luminosidade, intensidade e brilho, de acordo com o estado mental, emocional, psicológico, espiritual e físico do indivíduo. Ela funciona, portanto, como um verdadeiro cartão de visitas energético, por meio do qual o clarividente experiente pode traçar um perfil bastante preciso do indivíduo, desde que saiba interpretar corretamente o que vê.

Em cada cor, cada movimento, cada brilho, cada textura, cada forma encontrada na aura de alguém, está também um pouco de sua personalidade, de sua história – presente e passada -, de seus anseios e crenças, de suas qualidades, sem que, para isso, seja necessária qualquer interferência direta do espírito, já que esta emanação independe de sua vontade e acontece de forma espontânea.

Leitura e interpretação da aura

Sobre isso, vejamos o que diz Ted Andrews, em seu livro Como Ver e Interpretar a Aura:

“A energia de uma aura é refletida sob a forma de luzes e cores. A cor, sua nitidez e localização indicam muito sobre o bem-estar físico, emocional, mental e espiritual da pessoa.

As cores mais próximas do corpo físico costumam refletir condições e energias físicas. Também indicam as energias mais atuais, presentes e ativas em sua vida. As cores mais afastadas refletem energias emocionais, mentais e espirituais que podem estar afetando essas cores físicas. Indicam também as energias com que a pessoa estará lidando dentro em breve.

Quanto mais claras e suaves (tons pastéis) forem as cores, melhor. Cores embaçadas e espessas podem indicar desequilíbrios, excesso de atividade e outros problemas na área relacionada a cada cor. Cores escuras, mas brilhantes, podem indicar um elevado nível energético. Não é um fator necessariamente negativo.

Normalmente, cada aura tem mais de uma cor. Cada cor reflete aspectos diferentes. (...) As auras mudam com freqüência. As cores mais próximas do corpo (a uma distância de 30 a 50 cm) podem mudar diversas vezes em um único dia. Toda emoção forte, toda atividade física ou mental forte, pode provocar flutuações na cor e na luminosidade da aura. Nossas auras também mudam com o tempo. 

A cor pode ser construtiva ou destrutiva. Ela pode estimular ou deprimir, repelir ou atrair. Seu caráter pode até ser masculino ou feminino. Ela pode se mostrar positiva ou negativa e, quando vista na aura, pode oferecer uma chave para a personalidade, humor, maturidade e saúde do indivíduo. Ela reflete aspectos físicos e espirituais.

É preciso muita prática para interpretar os tons de cores vistos na aura. Cada cor tem suas características gerais, mas cada tom dessa cor muda a interpretação. A localização da cor, sua intensidade e até a forma que assume no campo devem ser levados em consideração.”

As Cores do Arco-íris, por Ted Andrews em seu livro Como Ver e Interpretar a Aura:

- Vermelho – é a cor mais forte, da força criativa ígnea e básica. É a energia que dá vida. É quente. Pode indicar paixão, mente e vontade fortes. É uma cor dinâmica que pode refletir raiva, amor, ódio e mudanças inesperadas. Pode indicar um novo nascimento e transmutação. É uma cor que afeta o sistema circulatório do corpo, o sistema reprodutivo (energia sexual) e o despertar de habilidades e talentos latentes. Vermelho em excesso ou com aparência opaca, enlameada, pode refletir estímulo excessivo, inflamação ou desequilíbrio. Pode indicar nervosismo, destempero, agressividade, impulsividade ou excitação.

- Laranja – é a cor do calor, da criatividade e das emoções. Indica coragem, alegria e sociabilidade. É uma cor que pode espelhar a abertura para uma nova consciência – especialmente domínios sutis da vida, como o plano astral. Dependendo do tom pode indicar também desequilíbrio e agitação emocionais. Alguns tons “sujos” do laranja podem refletir orgulho e gosto pela extravagância, preocupação e vaidade.

- Amarelo – é uma das primeiras cores que vemos na aura, pois é mais facilmente identificada. O amarelo pálido em torno dos cabelos pode indicar otimismo. Amarelo é a cor da atividade mental e do brilho do sol nascente. Pode indicar novas oportunidades de aprendizado, leveza, sabedoria e intelecto. Aproximação com os tons pastéis costuma denotar entusiasmo por alguma atividade nova, especialmente na faixa do espectro que vai do amarelo pálido ao branco. Amarelo é a cor que representa o poder das idéias, o despertar de dons psíquicos e da sensitividade. Os tons “sujos” ou escuros do amarelo podem refletir excessos mentais e analíticos. Pode sugerir que a pessoa tem sido demasiadamente crítica ou dogmática ou que tem recebido pouco reconhecimento.

- Verde – é a cor da sensibilidade e da compaixão crescentes. Reflete crescimento, empatia e calma. Pode indicar que a pessoa é confiável e que tem mente aberta. O espectro que vai do verde mais brilhante ao azul indica talento para a cura. É a cor da abundância, da força e da amizade. Os tons opacos ou escuros do verde podem indicar incertezas, desespero. Os tons opacos também refletem ciúmes e possessividade. Podem indicar hesitação e pouca confiabilidade.

- Azul – juntamente com o amarelo, é uma das cores mais fáceis de se enxergar na aura. É a cor da calma e da tranqüilidade. Reflete devoção, verdade e seriedade. Pode indicar a capacidade para a clariaudiência e para o desenvolvimento da telepatia. Os tons mais claros do azul refletem uma imaginação ativa e boa intuição. Os tons mais escuros podem indicar solidão e, em certos níveis, refletem a busca do Divino. Os tons mais escuros indicam também honestidade e boa capacidade de julgamento. Também sugerem que a pessoa encontrou ou está prestes a encontrar seu trabalho mais adequado.

- Violeta e púrpura – violeta é a cor da transmutação. É a cor da mescla entre coração e mente, entre físico e espiritual. Sugere independência e intuição, bem como uma atividade onírica importante e dinâmica. Pode indicar a pessoa que está engajada numa busca. Os tons do púrpura costumam refletir senso prático e visão global. Os tons mais pálidos e claros do violeta e do púrpura podem refletir humildade e espiritualidade. Os tons avermelhados do púrpura podem indicar grande paixão ou força de vontade. Podem refletir ainda a necessidade de maiores esforços pessoais. Os tons sombrios e opacos podem denotar a necessidade de superar algo. Podem ainda indicar pensamentos eróticos intensos. A tendência a ser dominador, a estar carente de empatia e se sentindo incompreendido também são refletidas pelos tons opacos.

Outras Cores da Aura, por Ted Andrews em Como Ver e Interpretar a Aura:

“- Rosa – é a cor da compaixão, do amor e da pureza. Pode indicar alegria e satisfação, além de um forte espírito de companheirismo. Visto na aura o rosa pode indicar um indivíduo calado e modesto, bem como o amor pela arte e pela beleza. Dependendo do tom, pode refletir imaturidade, especialmente se o tom for opaco. Pode indicar sinceridade, ou sua falta. Pode ainda refletir uma ocasião em que a pessoa está diante de um novo amor ou de uma nova visão de vida.

- Branco – antes de observarmos as verdadeiras cores da aura, o branco é a cor que vemos. Geralmente, surge como uma sombra diáfana. O branco abrange todas as cores e quando aparece intensamente na aura, está mesclado a outras cores. É assim que você descobre se o que está vendo é uma cor com significado ou se está captando mal a aura. Quando o branco representa de fato uma cor da aura indica verdade e pureza. Sugere que a energia do indivíduo está se limpando e se purificando. Costuma indicar que sua criatividade está aumentando.

- Cinza – é a cor da iniciação. Indica que a pessoa está prestes a descobrir talentos inatos. Tons de cinza que pendem para o prateado refletem o despertar das energias femininas. São as energias e talentos da iluminação, intuição e imaginação criativa. Os tons mais escuros do cinza podem indicar desequilíbrios físicos, especialmente quando vistos perto de certas áreas do corpo. Podem indicar também a necessidade de não deixar nenhuma tarefa. A abundância de cinza na aura mostra que a pessoa é reservada, do tipo lobo solitário.

- Marrom – é um tom comum no campo da aura. Apesar de muitas pessoas considerarem-no um reflexo da falta de energia ou de desequilíbrios, nem sempre é este o caso. Marrom é a cor da terra. Quando surge na aura, especialmente acima da cabeça ou em torno dos pés, pode indicar um novo crescimento. Reflete o estabelecimento de novas raízes e o desejo de realização. É uma cor que pode sugerir senso de organização e de ação. Por outro lado, se surge sobre o rosto ou toca a cabeça, o marrom pode indicar a falta de discernimento e sua necessidade. Se visto na região dos chakras pode indicar que esses centros precisam de limpeza. Nesses casos, reflete um entupimento em suas energias. Geralmente, é difícil interpretar o marrom, pois ele pode refletir problemas físicos.

- Preto – esta é uma das cores mais controvertidas do espectro da aura. Já encontrei quem dissesse que se o preto aparece na aura indica a morte ou algum desastre terrível. No entanto, pude confirmar que isso não é verdade. O preto é uma cor de proteção. É a cor que pode isolar o indivíduo de energias externas. Quando surge na aura pode indicar que a pessoa está se protegendo. Pode sugerir ainda que a pessoa tem segredos. Não há nada de errado com isso desde que não se leve a extremos. O preto também pode indicar que a pessoa está prestes a ter de compreender o significado dos fardos e sacrifícios que fazemos na vida. Também pode sugerir desequilíbrios. Os desequilíbrios físicos costumam surgir como áreas negras ou escuras na aura que cerca o corpo físico. A localização dá pistas sobre a parte do corpo afetada. Na periferia da aura, o preto pode indicar buracos no campo. Tenho visto este fenômeno na aura de crianças que foram vítimas de abusos e de pessoas que foram ou são consumidoras vorazes de certas substâncias (álcool, drogas, fumo, etc.)

- Lampejos prateados – outro aspecto que tenho observado deve ser mencionado. Muitas vezes encontro na aura algo como luzes suaves e reluzentes. São brilhantes e prateadas. Elas podem indicar muitas coisas. Esses lampejos, como os chamo, quase sempre sugerem grande criatividade e fertilidade. Quando surgem dentro do campo de uma pessoa indicam que ela deve começar a perceber que está ficando mais criativa. Surgem com mais frequência em mulheres, mas não se restringem a elas. Quando os vejo perto de uma mulher cuja aura estou interpretando, pergunto-lhe se está grávida. As grávidas e as mulheres que deram à luz nos últimos seis a nove meses sempre apresentam essa cor na aura, embora nem todas as mulheres que têm estes lampejos estejam grávidas.”

Pela minha experiência pessoal podemos acrescentar os seguintes comentários:

- Vermelho - quando brilhante, lembrando o rubi, é a cor da ação e da capacidade de realização, do movimento, dos instintos equilibrados. Quando embaçada, pode representar desejo de vingança, violência ou paixão.

- Laranja – quando claro e brilhante, indica alegria, boa disposição, equilíbrio e versatilidade, mas quando escurecido ou “sujo” pode indicar desânimo, desinteresse pela vida, apatia.

- Amarelo – se claro e brilhante, indica intelectualidade equilibrada, inteligência, bom uso dos conhecimentos. Aparece muito em pessoas ligadas ao ensino, à pesquisa, aos estudos e à produção científica. Quando acinzentado, escurecido ou sem brilho, indica excesso de racionalidade, ausência de sentimentos e intelectualidade arrogante.

- Verde – quando brilhante e límpido indica saúde, vigor, energia, esperança. É comum nos profissionais de saúde e em doadores de energia e ectoplasma em trabalhos espirituais. Quando impregnado de marrom ou cinza, escuro ou sem brilho, indica problemas de saúde ou emocionais, fraqueza física e moral e inveja.

- Azul – quando claro e brilhante é a cor da espiritualidade, da serenidade, da paz e da harmonia. Quando escuro ou acinzentado pode indicar depressão e tristeza.

- Rosa – é a cor do amor, especialmente quando se apresenta brilhante, clara e suave. Mesclada ao azul indica grande capacidade de doar-se, de ajudar os outros. Aparece muito em pessoas que trabalham com assistência social e voluntariado. Pode aparecer também na aura de pessoas que lidam ou trabalham diretamente com crianças. Quando sem brilho, pode indicar excesso de ingenuidade ou imaturidade, tendência à dependência doentia.

- Lilás ou violeta – é a mistura do azul e do rosa. Altamente positivo. Quando clara e luminosa é a cor da elevação espiritual e dos ideais nobres, da transmutação e da transcendência. Quando escura, tendendo para roxo, pode indicar insatisfação, inveja, ciúmes, etc.

- Vinho – variação do rosa. Quando brilhante indica profunda compaixão e interesse desapaixonado pelo próximo.

- Cristal – variação do prateado; indica pureza de sentimentos, pensamentos e propósitos.

- Dourado – é a cor da elevação espiritual. Ao lado do prateado, é muito associada a mentores, amparadores, guias espirituais, etc.

Aura e mediunidade

Sendo a aura o campo energético que o médium produz e irradia e que o envolve, é natural que seja ela o primeiro elemento de contato entre o médium e as entidades nas comunicações mediúnicas.

É, portanto, no campo áurico do médium que as entidades comunicantes, elevadas ou não, buscam informações para estabelecer a sintonia com ele, pela ressonância vibratória com a sua própria aura, para depois passar à comunicação propriamente dita.

Transformações da aura

A aura humana apresenta, principalmente, dois padrões de cor e luminosidade. Um é bem instável e dinâmico e reflete as emoções e o estado físico da pessoa, podendo mudar de minuto em minuto, conforme as suas condições de momento. O outro, que chamamos de cor de fundo, é mais duradouro e mais estável, embora não seja estático, e reflete as características psíquicas e espirituais da pessoa bem como a sua personalidade. 

É neste segundo nível que os clarividentes se baseiam para determinar em que tipo de trabalho espiritual a pessoa melhor se adaptará. Assim, por exemplo, pessoas de aura verde são encaminhadas para trabalhos de cura ou desobsessão, pessoas de aura amarela são encaminhadas para o ensino ou palestras e pessoas de aura rosa são encaminhadas para trabalhos com crianças e idosos ou para a assistência social.

No entanto, mesmo esta cor de fundo de uma aura pode mudar com o passar dos anos, refletindo não só o próprio amadurecimento psicológico da pessoa ao longo da vida, como também as adaptações energéticas por que passou ou está passando para melhor desempenhar suas funções sociais, profissionais e também espirituais.

Assim, alguém que tem a aura amarela na adolescência, por ser ótimo aluno, por exemplo, pode vir a ter a aura verde algum tempo depois de entrar para a faculdade de Medicina ou Enfermagem. Isso não significa que o amarelo desapareceu ou que a pessoa deixou de ser bom aluno, mas que a sua aura sofreu uma mudança para se adaptar às novas exigências energéticas de suas atividades profissionais. Nesse caso específico, pode acontecer de termos verde e amarelo em sua “aura de fundo”, refletindo tanto a sua atividade na área da saúde como seu gosto pelo estudo.

Aura e efeito Kirlian

Segundo o psicólogo Márcio Pontes, a descoberta do efeito Kirlian se deu por acaso, no ano de 1939.

Certa noite, na cidade de Krasnodar (Rússia), o casal Semyon e Valentina Kirlian trabalhava em sua casa no manuseio de chapas fotográficas, próximo a uma aparelhagem de rádio que estava aberta em reparos, quando, por descuido, uma chapa fotográfica caiu entre dois eletrodos do rádio. Ao retirar tal chapa, Semyon Kirlian, no escuro, fechou curto-circuito com seus dedos entre a chapa e os eletrodos. Notou ele, nesta ocasião, que algo de diferente tinha ocorrido. Banhou as chapas e, com espanto, notou que seus dedos apareciam e não apenas isto, mas uma estranha luz que, normalmente, eles não apresentavam. Repetiu a operação, agora sem a ajuda do “acaso”, e o fenômeno voltou a acontecer. Repetiu a operação com Valentina e, mais tarde, com diversos conhecidos e o mesmo fato se verificou.

Destas observações, ou melhor, destas experiências, notou que as luminescências emitidas pelos dedos das pessoas não eram iguais, variando de pessoa para pessoa. E não apenas isto, mas que pessoas em estado de saúde precário apresentavam uma emissão de luz em menor potencial que as pessoas saudáveis, havendo também casos de pessoas saudáveis apresentando fraca emissão de luz e que, poucos dias depois, ficaram doentes.

Estes fatos ocorreram na Rússia, no final dos anos 30, mas somente na década de 60 este processo tornou-se mundialmente conhecido, tendo, também no Brasil, os seus pesquisadores, como Hernani Guimarães Andrade, cientista de renome internacional na área de estudos psicobiofísicos, que foi o primeiro pesquisador, fora da Rússia, a possuir uma máquina Kirlian, tendo ele mesmo elaborado todo o processo. Temos também o grande pesquisador Henrique Rodrigues que, juntamente com Hernani, realizou e realiza estudos internacionalmente reconhecidos.

Já para Walter Lange Jr., em seu livro Paranormalidade e Energia Mediúnica – Uma pesquisa kirliangráfica, o russo Kirlian “trabalhava nos hospitais com equipamentos eletromagnéticos e teve a oportunidade de observar o fenômeno quando aplicava – em paciente em tratamento – os eletrodos de um aparelho de diatermia: viu pequenas centelhas fulgurantes e coloridas na pele do doente. Em seu apartamento, montou um aparelho semelhante e reproduziu o observado, conseguindo registrar, em uma chapa fotográfica, com a ajuda de sua esposa Valentina, que trabalhava como fotógrafa num jornal.”

Seja como for, muitos nomes foram dados a esta estranha luz emitida pelos corpos. Os russos chamaram-na corpo bioplásmico, diversos místicos já a qualificaram como aura, alguns espíritas mais afoitos, na época, chegaram a falar em foto do perispírito, e os mais céticos afirmavam que tudo não passava de um efeito corona, transformando o assunto em uma grande polêmica. 

Em meio às dúvidas causadas pela descoberta a foto Kirlian acabou se tornando popularmente conhecida como foto da aura, o que não é verdade, já que o complexo total da aura é muito mais amplo, colorido, dinâmico e brilhante do que o halo que aparece nessas fotos.

O que a foto Kirlian capta, na verdade, e ficou conhecido como efeito Kirlian, é apenas a primeira "camada" da aura, a parte mais densa e mais próxima do corpo físico, que nada mais é que o duplo etérico, onde também se refletem as movimentações mentais e emocionais do espírito encarnado.

Para esclarecer melhor, vejamos o que diz Edgard Armond no livro Psiquismo e Cromoterapia:

“O duplo etéreo, também conhecido como corpo energético, não é parte do perispírito, mas um veículo intermediário entre o corpo físico e o perispírito, que possui chacras ou centros de força etéreos. O duplo se projeta para além do corpo físico e forma uma aura, a aura etérica, uma emanação leitosa e de aspecto ovalado. 

“A aura perispiritual ou astral, ou simplesmente aura, é a projeção do perispírito para além do limites físicos e se revela como uma espécie de emanação bem mais brilhante e diáfana que a aura etérica.”

Conhecida desde 2000 com o nome de bioeletrografia, a fotoKirlian é hoje mundialmente reconhecida, inclusive pela Organização Mundial de Saúde e vem sendo utilizada por médicos e cientistas do mundo todo como auxiliar no diagnóstico de doenças físicas e emocionais, por se tratar de uma técnica que, pelo registro de gases e vapores emanados pelas células, permite aos profissionais de saúde ter uma visão, ao mesmo tempo, científica e filosófica do processo metabólico do ser humano, que é afetado, na mesma medida, por fatores físicos, mentais e emocionais.

A bioeletrografia tem sido usada também em estudos feitos em trabalhos mediúnicos, como instrumento de medição dos efeitos da aplicação de passes e do transe no físico do médium, da absorção do passe nos assistidos e para identificar indivíduos que têm capacidades paranormais.

Maisa Intelisano

http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=3234

 

Larvas Astrais e Vibriões Psíquicos


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Por Maísa Intelisano

Segundo o dicionário Houaiss, vibrião é a designação comum às bactérias móveis em forma de bastonetes.

E larva vem do latim 'lárvae' que significa máscara, boneco, espantalho, demônio, espectro que se apodera das pessoas. Entre os antigos romanos, a palavra larva designava o espectro ou fantasma de pessoa que teve morte violenta ou de criminoso, que se supunha vagar entre os vivos para atormentá-los. Já em zoologia, passou a designar o estágio imaturo, pós-embrionário, de um animal, quando este difere sensivelmente do adulto, como os insetos, por exemplo, porque, neste estágio, o animal estaria "mascarado", disfarçado.

Como vemos, portanto, também chamadas vibriões astrais, larvas mentais, larvas espirituais, larvas fluídicas, larvas energéticas, vermes astrais, vibriões mentais, bacilos psíquicos, larvas psíquicas, etc., LARVAS ASTRAIS ou VIBRIÕES PSÍQUICOS são formas-pensamento semelhantes a micróbios físicos, criadas pela viciação mental e/ou emocional da consciência, em atitudes, pensamentos e sentimentos desequilibrados.

Vejamos algumas descrições de André Luiz no capítulo 3 de seu livro 'Missionários da Luz', ao examinar, mais de perto, alguns candidatos ao desenvolvimento mediúnico:

"Fiquei estupefato. As glândulas geradoras emitiam fra quíssima luminosidade, que parecia abafada por aluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilida de. Começavam a movimentação sob a bexiga urinária e vibra vam ao longo de todo o cordão espermático, formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata, nas massas mu cosas uretrais, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas fe ras microscópicas situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica. Estava as sombrado. ... Seriam expressões mal conhecidas da sífilis?"

Ao que o instrutor Alexandre responde:

"- Não, André. Não temos sob os olhos o espiroqueta de Schaudinn, nem qualquer nova forma suscetível de análise ma terial por bacteriologistas humanos. São bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferio res. O dicionário médico do mundo não os conhece e, na ausên cia de terminologia adequada aos seus conhecimentos, chamemos-lhes larvas, simplesmente. Têm sido cultivados por este companheiro, não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão tam bém pelo contato com entidades grosseiras, que se afinam com as predileções dele, entidades que o visitam com freqüência, à maneira de imperceptíveis vampiros. ..."

Observando outro candidato habituado a ingerir álcool em excesso, André Luiz nos dá a seguinte descrição:

"Espantava-me o fígado enorme. Pequeninas figuras horripilan tes postavam-se, vorazes, ao longo da veia porta, lutando desesperadamente com os elementos sangüíneos mais novos. Toda a estrutura do órgão se mantinha alterada."

Ainda no mesmo capítulo, ele examina também uma mulher com distúrbios alimentares e diz:

"Em gran de zona do ventre superlotado de alimentação, viam-se muitos parasites conhecidos, mas, além deles, divisava outros corpús culos semelhantes a lesmas voracíssimas, que se agrupavam em grandes colônias, desde os músculos e as fibras do estômago até a válvula íleocecal. Semelhantes parasites atacavam os sucos nutritivos, com assombroso potencial de destruição."

Para entender como surgem as larvas astrais, vamos continuar com o que diz o instrutor Alexandre a André Luiz, no capítulo 4 do livro Missionários da Luz:

"Você não ignora que, no círculo das enfermidades ter restres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente preferido. ... Acredita você que semelhantes formações microscópicas se circunscrevem à carne transitória? Não sabe que o macrocosmo está repleto de surpresas em suas formas variadas? No campo infinitesimal, as revelações obede cem à mesma ordem surpreendente. André, meu amigo, as doenças psíquicas são muito mais deploráveis. A patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera, a intempe rança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, for mam criações inferiores que afetam profundamente a vida ínti ma. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisiológica, segundo conhecemos no campo das cogitações terrestres, não vai além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente."

Ainda no mesmo capítulo, Alexandre continua:

"Primeiramente a semeadura, depois a colheita; ... Não tenha dúvida. Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e conseqüências de infinitas expressões. E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lança em circulação nas corren tes da vida. A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos gérmens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleçam ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível. ... Cada viciação particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são conseqüentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa."

Como vemos, as larvas astrais surgem dos excessos e desequilíbrios físicos, emocionais e espirituais de toda sorte, pela repetição contínua de uma mesma conduta, física e/ou mental, o que causa o acúmulo de energias mais densas em determinadas regiões do organismo, as quais se organizam na forma de colônias de microorganismos astrais.

As conseqüências são as mais variadas, podendo ir desde problemas físicos, graves ou não, até perturbações espirituais, que, se não combatidas a tempo, podem se transformar em sérios distúrbios psíquicos, acarretando sérias complicações para o encarnado, nesta vida e nas próximas.

Larvas astrais são bastante "aderentes" e se multiplicam com muita facilidade, bastando, para isso, que se lhes ofereçam as mínimas condições mentais e energéticas.

Dependendo da extensão do problema, serão necessárias muitas aplicações energéticas para limpeza, desinfecção e rearmonização da região afetada, o que pode exigir a atuação de vários aplicadores, em várias sessões, para que estas colônias sejam enfraquecidas e não possam mais se expandir, vindo a desaparecer.

Mas, como em qualquer tratamento físico, a colaboração do "paciente" é imprescindível, uma vez que estas larvas são criadas e alimentadas pelas  energias geradas pelos seus próprios pensamentos e sentimentos. Assim, além das aplicações energéticas, é necessário que se oriente e conscientize a pessoa sobre como e por quê mudar os seus hábitos mentais e as suas atitudes, garantindo que ela mesma não mais oferecerá condições para que estas larvas se instalem e espalhem.

Se larvas astrais são criações mentais, geradas a partir de pensamentos e sentimentos desequilibrados, a prevenção se faz, também aqui, pelo equilíbrio e o controle do que pensamos e sentimos. Não há outro meio.

Como já dito muitas vezes, sintonia é a "alma" do universo. Tudo funciona segundo as suas leis e só viveremos com aquilo que nós mesmos criarmos ou atrairmos a partir do que geramos dentro de nós.


PS: A esse texto da Maísa, questionei sobre a existência de formas de vida bacterianas e outras existentes, a partir do astral, que não são formas - pensamento, ou seja, não são criadas através da mente viciadas das pessoas, mas sim, já existem como criaturas vivas dentro do “meio ambiente” astralino. Uma vez que a matéria é reflexo do astral, nada mais lógico.

 

A Ação do Pensamento e seus benefícios terapêuticos


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A ação do pensamento sobre o corpo é poderosa, ademais considerando-se que este último é o resultado daquele, através das tecelagens intrincadas e delicadas do perispírito (seu modelador biológico), que o elabora mediante a ação do ser espiritual, na reencarnação.

Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos organo-genéticos responsáveis pela geração dos caracteres físicos e psicológicos, bem como sobre os núcleos celulares de onde procedem os órgãos e a preservação das formas.

Quando mais consciente o ser, mais saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas. Há exceções, no entanto, que decorrem de livre opção pessoal, com finalidades específicas nas paisagens da sua evolução.

O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-se em harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito. O oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a sua destinação.

Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos, ódios que se prolongam, os dardos reagentes, disparados desatrelam as células dos seus automatismos degeneram, dando origem a tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.

Outras vezes, os anseios insatisfeitos dos sentimentos convergem como força destruidoras para chamar a atenção nas pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização celular e a respectiva mitose, facultando o surgimento de focos infecciosos resistentes a toda terapêutica, por permanecer o centro desencadeador do processo vibrando negativamente contra a saúde.

Vinganças disfarçadas voltam-se contra o organismo físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas, que empurram o ser para estados desoladores, nos quais se refugia inconscientemente satisfeito, embora os protestos externos de perseguir sem êxito o bem-estar, o equilíbrio.

O intercâmbio de correntes vibratórias (mente-corpo, perispírito-emoções, pensamentos-matéria) é ininterrupto, atendendo aos imperativos da vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.

Idéias não digeridas ressurgem em processos enfermiços como mecanismos auto-purificadores; angústias cultivadas ressumam como distonias nervosas, enxaquecas, desfalecimentos, camuflando a necessidade de valorização e fuga do interesse do perdão; dispepsias, indigestões, hepatites originam-se no aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã -geradora da ansiedade - do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem o sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.

O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as mágoas sustentadas pela autopiedade, as contrariedades que resultam dos temperamentos fortes de constantes atritos com o organismo, resultando em cânceres de mamas (feminino), da próstata, taquicardia, disfunções coronarianas, cardíacas, enfartos brutais...

Impetuosidade, violência, queixas sistemáticas, desejos insaciáveis respondem por derrames cerebrais, estados neuróticos, psicoses de perseguição...

O homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.

A conscientização da responsabilidade imprime-lhe destino feliz, pelo fato de poder compreender a transitoriedade do percurso carnal, com os olhos fitos na imortabilidade de onde procede, em que se encontra e para a qual ruma. Ninguém jamais sai da vida.

Adequando-se à saúde e à harmonia, o pensamento, a mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções receberão as cargas vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos idealistas, libertários e grandiosos, que podem ser conseguidos na Terra graças às dádivas da reencarnação.

Assim, portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de queixas, face ao princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas oportunidades, que empregam, segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.

Jesus referiu-se ao fato, sintetizando, magistralmente, a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento: - A cada um será dado segundo as suas obras.

Assim, portanto, como se semeia, da mesma forma se colherá.

Por Joanna de Ângelis & Divaldo Franco; Autodescobrimento (Ed. LEAL)

 

Doenças psicossomáticas e o importantíssimo papel da mente na saúde


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O ser humano é um conjunto harmônico de energias, constituído de Espírito e matéria, mente e perispírito, emoção e corpo físico, que interagem em fluxo contínuo uns sobre os outros.

Qualquer ocorrência em um deles reflete no seu correspondente, gerando, quando for uma ação perturbadora, distúrbios, que se transformam em doenças, e que, para serem retificadas, exigem renovação e reequilíbrio do fulcro onde se originaram.

Desse modo, são muitos os efeitos perniciosos no corpo causados pelos pensamentos em desalinho, pelas emoções desgovernadas, pela mente pessimista e inquieta na aparelhagem celular.

Determinadas emoções fortes - medo, cólera, agressividade, ciúme - provocam uma alta descarga de adrenalina na corrente sanguínea, graças às grândulas supra-renais. Por sua vez, essa ação emocional, reagindo no físico, nele produz aumento da taxa de açúcar, aliada a forte contração muscular, face à volumosa irrigação do sangue e sua capacidade de coagulação mais rápida.

A repetição do fenômeno provoca várias doenças, como a diabetes, artrite, hipertensão... Assim, cada enfermidade física traz um componente psíquico, emocional ou espiritual correspondente. Em razão da desarmonia entre o Espírito e a matéria, a mente e o perispírito, a emoção (os sentimentos) e o corpo, desajustam-se os núcleos de energia, facultando os processos orgânicos degenerativos provocados por vírus e bactérias, que neles se instalam.

Conscientizar-se desta realidade é despertar para a valores ocultos que, não interpretados, continuam produzindo desequilíbrios e somatizando doenças, como mecanismos degenerativos na organização somática.

Por outro lado, os impulsos primitivos do corpo, não disciplinados, provocam estados ansiosos ou depressivos, sensação de inutilidade, receios ou inquietações que se expressam ciclicamente, e que a longo prazo se transformam em neuroses, psicoses, perturbações mentais.

A harmonia entre Espírito e a matéria deve viger a favor do equilíbrio do ser, que desperta para as atribuições e finalidades elevadas da vida, dando rumo correto e edificante à sua reencarnação.

As enfermidades, sobre outro aspecto, podem ser consideradas como processos de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que se alongam quase que indefinidamente, tornando-se mecanismos de sublimação das energias grosseiras que constituem o ser nas suas fases iniciais da evolução.

É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranqüila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.

De imediato, apresenta-se a necessidade de levar em conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que merecem primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.

Essa seleção de objetivos dilui a ilusão - miragem perturbadora elaborada pelo ego - e estimula o emergir do Si, que rompe as camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando das suas aspirações.

Podemos dizer que o ser, a partir desse momento, passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por automatismo, ele normalmente o faz através de mecanismos atávicos da Lei de evolução.